Olá!
Nesse post falarei
sobre alguns exames de imagem que ajudam a detectar danos ao cérebro, sejam
eles físicos ou funcionais.
No caso da
ressonância magnética (RM) há a detecção de danos físicos como a atrofia
hipocampal bilateral assim como uma atrofia cortical difusa leve. O padrão
estabelecido para a identificação do Alzheimer foi feito com estudos
neuropatológicos em cadáveres que possuíam o desenvolvimento da DA em
diferentes níveis.
Em um estudo
realizado na universidade de Oxford com um exame de RM, cientistas conseguiram
detectar em jovens (20 a 35 anos) quem PODERÁ desenvolver Alzheimer na terceira
idade. Esse estudo foi baseado nas conclusões de um estudo anterior no qual
afirmou-se que indivíduos que herdassem o gene ApoE4 tem 4 vezes mais chances
de desenvolver DA, quem herda duas cópias tem 10 vezes mais chances. A surpresa
foi quando eles detectaram uma maior atividade do hipocampo (parte do cérebro relacionada
a memória) em portadores do ApoE4 diferentemente dos não portadores. Nesse
teste eles abordaram um jeito diferentes do tradicional para esse tipo de
aparelho, ou seja, o utilizaram para detectar atividade cerebral (funcional).
Exames que usam o
metabolismo como parâmetro são mais fáceis de identificar do que aqueles que
dependem de danos físicos porque se a doença não estiver em um nível avançado o
dano físico é quase imperceptível. Enfim, esse exame tem utilidade apenas para
diagnóstico de algo que quase não há mais retorno, enquanto que os que realizam
teste focando na funcionalidade podem detectar pequenas variações. Desse modo
eles fazem um diagnóstico precoce e também podem fazer um acompanhamento da
doença.
Um exemplo de exame
que destaca o metabolismo é a tomográfica por emissão de pósitrons (em inglês –
PET) que trabalha com o metabolismo da glicose. Nesse exames eles usam um análogo
da glicose, o Fluorodeoxiglicose (FDG; marcado com um flúor-18,
radioativo emissor de positrons). É utilizado em órgãos que consomem muita
glicose. Por ser um análogo da glicose ele é consumido em seu lugar, sendo possível,
dessa forma, a “visualização” do metabolismo da glicose nequele tecido (ex. cérebro).
O FDG só será metabolizado depois que sofre decaimento (tempo de meia vida = 2
horas) sendo transformado em glicose – 6 – fosfato. Nesse decaimento o Fluor-18
é transformado em Oxigenio-18 (não-radioativo).
Nenhum dos dois
exames deve ser utilizado como único exame para diagnóstico de DA. O primeiro
por depender do fator humano e o segundo por não oferecer uma visão adequada do
cérebro. É imprescindível frisar que esses não são os únicos tipos de testes de
neuroimagens.
Tammy Moroguma.
Referências bibliográficas:
http://www.medicinageriatrica.com.br/2009/04/03/ressonancia-magnetica-no-diagnostico-de-demencia/
http://www.alert-online.com/br/news/health-portal/ressonancia-magnetica-pode-detectar-risco-de-alzheimer-em-jovens