sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Doença de Alzheimer e a Diabetes



                 Estudos surpreendentes permitem estabelecer uma relação entre uma nova versão da diabetes e o mal de Alzheimer, que afeta especialmente células nervosas. Essa relação foi percebida há algum tempo em pesquisas anteriores nas quais foi demonstrado que portadores do mal de Alzheimer têm células nervosas resistentes ao hormônio insulina. Se a pessoa já sofrer de diabetes tipo 2, essa constatação é ainda mais evidente. Tais pesquisas revelam os riscos para a saúde quando quantidades excessivas de açúcares são consumidas pelos indivíduos.

                 A diabetes tipo 2 é uma doença comum em obesos e idosos, as células de diferentes tecidos do corpo desses indivíduos tornam-se resistentes à insulina. Isto é, os receptores desse hormônio na membrana das células são inativados por algum comando extracelular ou intracelular. A insulina cerebral é diferente daquela que atua no corpo. De forma geral, esse hormônio atua no metabolismo alimentar, porém, no cérebro ele age na formação da memória e auxilia no aprendizado.

                  Há nos neurônios receptores específicos para captar esse hormônio. Quando a insulina liga-se ao receptor neural, uma série de transduções de sinais ocorrem dentro da célula, permitindo o registro de informações e, assim, a construção da memória.Após essas conclusões, observou-se que a insulina tem ação antagônica à beta insulina: enquanto a primeira estabelece comunicação celular, formando a memória, a segunda age destruindo as sinapses inter-neurais.


                   Testes realizados com camundongos, utilizando-se a droga rosiglitazona associada à insulina, mostraram que esse fármaco protege as células nervosas da degeneração progressiva. No entanto, as pesquisas continuam porque nada é conclusivo ainda, o mal de Alzheimer continua a ser um mistério para a ciência. A Universidade Federal do Rio de Janeiro é uma das pioneiras no Brasil a desenvolver estudos nessa área.

Mariana Franco

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