Bom dia!
proteína beta-amilóide proteína TAU
No post de hoje
falaremos sobre a proteína β-amiloide (Aβ42) e sobre a proteína TAU, ligadas -
respectivamente - a formação de placas senis e dos emaranhados neurofibrilares,
e sobre como elas estão ligadas a analise do liquido cefalorraquidiano.
Em decorrência do
aumento da estimativa de vida mundial a ocorrência da doença de Alzheimer (DA)
tem aumentado. Essa situação só pode ser mudada com a ajuda de medicamentos que
interrompam suas principais cascatas patogênicas como as ligadas as Aβ42 e a TAU,
que os tratamentos são com medicamentos antiamilóideos e o impedimento da
hirperfosforilação da TAU.
A grande
dificuldade desse exame é que ele não é especifico da DA. Ele não consegue
diferenciar uma demência por DA das alterações cognitivas características do
envelhecimento. Então para ajudar no diagnóstico da DA aplica-se um conceito
chamado comprometimento cognitivo leve (CCl à constitui em exames
neuropsicológicos de acordo com a idade e escolaridade. NÃO É SINÔNIMO DE
ALZHEIMER) que por indicar com grande frequência os pacientes que tem grandes
possibilidades de evoluir para a patologia tem sido usado amplamente.
Em posse dos dados
dos exames para pacientes com CCL e da analise do LCR é possível identificar
com uma precisão relativamente boa quais os indivíduos com comprometimento que
evoluirão para DA. Os biomarcadores que serão usados são a Aβ42 e a TAU
funcionando da seguinte forma nos pacientes com DA: diminuição da Aβ42 e
aumento das TAU total e fosfo-TAU, em comparação com idosos cognitivamente
normais. Estudos mostraram que indivíduos com CCL e combinação desfavorável das
proteínas usadas na analise do LCR possuíam 17 vezes mais chances de
desenvolver DA, do que aqueles que tinham a combinação favorável das proteínas.
Como acontece o
exame?
Para entender o
exame é preciso e saber que o LCR está em contato direto com o sistema nervo
central (SNC), e que por isso doenças degenerativas do SNC alteram as
concentrações proteicas dele.
O exame em si
constitui de uma punção lombar, análoga a punção da anestesia raquidiana,
inclusive é feita com a agulha da raquianestesia. É um procedimento simples,
seguro e pouco doloroso. Após o material ser recolhido ele é levado para análise
em equipamentos de alta tecnologia que quantificam com precisão mínimas variações
proteicas. De acordo com Carlos Senne, diretor-presidente do Senne Líquor
Diagnóstico, a associação desfavorável das duas proteínas estão relacionadas à
DA em 80% a 90% dos casos.
Entender um pouco
da proteínas Aβ42 e TAU ajuda a compreensão de como os cientistas chegaram a
formulação desse teste. Logo:
Aβ42:
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Um
estudo desenvolvido na universidade de Stanford (EUA) mostra como que as placas
de beta-amilóide contribui para a DA. Elas tem um forte poder agregador. São proteínas
hidrofóbicas e sintetizadas por meio da quebra de uma proteína de membrana.
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O
estudo foi feito em ratinhos e neles se identificou uma proteína chamada PirB,
que quando ativada pela proteína Aβ42 promovia o enfraquecimento das sinapses e
a comunicação entre neurônios era impedida, acarretando no quadro de DA (perda
de memória).
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Posteriormente
foi descoberto que há uma proteínas análoga ao PirB e ela se chama LilrB2,
igualmente capaz de se ligar a beta-amilóide e promover o enfraquecimento das
sinapses.
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Foi
estudado também como se dava o enfraquecimento das sinapses. Eles chegaram a
conclusão a associação da beta-amilóide com a LilrB2 acarretava uma alteração bioquímica
das proteínas cofilinas, dentro dos neurônios, que por sua vez reforçam as
ações destruidoras de actina que ela possuem. A actina é essencial para a
manutenção das sinapses.
Proteína TAU:
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São
encontradas no citoplasma neuronal e estão relacionadas a estabilidade dos
microtubulos, facilitando a polimerização de tubilina.
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Os
emaranhados neurofibrilares são estruturas características da DA e não são
exclusivas dela.
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A
agregação da TAU se dá por meio da fosforilação irreversível, o que ocasiona o
mal funcionamento da proteína sua consequente aglomeração em fibrilas e prejuízo
no transporte neuronal e nutricional.
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Em
pessoas com Alzheimer é constatado níveis altos de TAU fosforilada.
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A
alteração na concentração de Tau não está relacionada apenas ao Alzheimer, mas
também ao envelhecimento e a outras demências.
Tammy Moroguma.
Referências bibliográficas:
http://www.hcnet.usp.br/ipq/revista/vol34/n3/144.html
http://www.senneliquor.com.br/o-diagnostico-da-doenca-de-alzheimer-atraves-do-exame-de-liquor/
http://www.publico.pt/ciencias/jornal/cientistas-descobriram-como-uma-proteina-implicada-na-doenca-de-alzheimer-destroi-ligacoes-nervosas-27119312
http://quimicalzheimer.wordpress.com/2013/01/18/proteina-tau-e-a-doenca-de-alzheimer/
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