Exame de sangue no
diagnóstico da doença de Alzheimer (DA).
Quando se fala em
exame de sangue detectando Alzheimer quase parece irreal devido ao pouco
conhecimento que temos da doença hoje e também ao fato de que até pouco tempo
atrás o diagnóstico definitivo só era feito por meio da necropsia ou biópsia do
tecido cerebral.
Hoje o exame de
sangue para a determinação da doença é muito promissor por ser um exame pouco
invasivo, identificar precocemente a doença e poder ser realizada em qualquer
clinica se vier a se tornar realidade.
Apesar de no titulo
se referir a exame de sangue como um termo geral. Na realidade existem várias
vertentes na questão de o que se é evidenciado no estudo. Nesse post eu irei
falar sobre alguns deles.
No estudo realizado
por alemães na universidade de Saarland o estudo foi dirigido para a análise de
microRNA (fragmento de material genético). Analisou-se 140 fragmentos dos quais
12 merecem destaque, pois se encontraram em concentrações diferentes nos
sangues das pessoas que tinham Alzheimer (Estas amostras se tornaram a base do
exame). Com essa técnica, que foi divulgada na revista Genome Biology, espera-se detectar o inicio da doença até bem antes
do cérebro ficar comprometido. Até o dia 29 de julho de 2013 apenas 202 pessoas
haviam sido submetidas a esse teste e ele apresentou uma precisão de 93%.
Outro estudo
realizado por Kevin Morgan (responsável) na Universidade de Nottingham, na
Inglaterra, identificou um marcador biológico (proteínas como a amilóide e a
apolipoproteína [APOE]) que pode ser detectado antes dos primeiros sintomas. É de
baixo custo e poderia ser feita em qualquer clinica. Os marcadores biológicos
permitem a classificação em três níveis: pacientes completamente limpos, de
pouco risco e de alto risco. Essa técnica é bem promissora, pois os tratamentos
atuais apenas retardam a progressão da doença e se fosse possível detecta-la
antes dos primeiros sintomas a evolução poderia ser evitada.
Thomas Kodadek do
Instituto de Pesquisa Scripps, dos Estados Unidos desenvolveu seu estudo por
meio dos anticorpos que o organismo produz. A hipótese dele é que os anticorpos
do Alzheimer seriam biomoléculas naturais, mas que teriam a forma modificada.
Para a experiência eles sintetizaram várias peptóides (moléculas artificiais
que se parecem com os peptídeos) e a usaram como molécula atrativa para os
anticorpos. Eles identificaram 3 anticorpos específicos do Alzheimer, quando
feito em comparação com pessoas sãs e com pessoas com Parkinson.
A doença de
Alzheimer é ainda um mistério para a ciência. Mesmo sabendo vários tipos de
diagnósticos nunca se pode afirma com toda a certeza que a pessoa possui a
doença, excetuando na necropsia e biópsia. Como no caso do exame de sangue,
sabe-se que os anticorpos e microRNAs estão ligados ao Alzheimer, mas não sabem
como ou se ele é o causador ou se é a causa, por isso é tão difícil afirmar que
o exame de sangue é 100% efetivo. Entretanto eles preveem que em algumas
décadas já será possível essa identificação.
Tammy Moroguma.
Referências bibliográficas:
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2013/07/130729_alzheimer_exame_sangue_fn.shtml
http://www.einstein.br/einstein-saude/tecnologia-e-inovacao/Paginas/exame-de-sangue-podera-detectar-alzheimer.aspx
http://saude.terra.com.br/pesquisadores-britanicos-desenvolvem-teste-que-detecta-alzheimer,4b3707f71255d310VgnCLD2000000dc6eb0aRCRD.html
http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,EMI200787-17770,00-EXAME+DE+SANGUE+FACILITA+DIAGNOSTICO+PRECOCE+DE+ALZHEIMER.html
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