quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Exame de sangue no diagnóstico

Exame de sangue no diagnóstico da doença de Alzheimer (DA).



Quando se fala em exame de sangue detectando Alzheimer quase parece irreal devido ao pouco conhecimento que temos da doença hoje e também ao fato de que até pouco tempo atrás o diagnóstico definitivo só era feito por meio da necropsia ou biópsia do tecido cerebral.
Hoje o exame de sangue para a determinação da doença é muito promissor por ser um exame pouco invasivo, identificar precocemente a doença e poder ser realizada em qualquer clinica se vier a se tornar realidade.
Apesar de no titulo se referir a exame de sangue como um termo geral. Na realidade existem várias vertentes na questão de o que se é evidenciado no estudo. Nesse post eu irei falar sobre alguns deles.
No estudo realizado por alemães na universidade de Saarland o estudo foi dirigido para a análise de microRNA (fragmento de material genético). Analisou-se 140 fragmentos dos quais 12 merecem destaque, pois se encontraram em concentrações diferentes nos sangues das pessoas que tinham Alzheimer (Estas amostras se tornaram a base do exame). Com essa técnica, que foi divulgada na revista Genome Biology, espera-se detectar o inicio da doença até bem antes do cérebro ficar comprometido. Até o dia 29 de julho de 2013 apenas 202 pessoas haviam sido submetidas a esse teste e ele apresentou uma precisão de 93%.
Outro estudo realizado por Kevin Morgan (responsável) na Universidade de Nottingham, na Inglaterra, identificou um marcador biológico (proteínas como a amilóide e a apolipoproteína [APOE]) que pode ser detectado antes dos primeiros sintomas. É de baixo custo e poderia ser feita em qualquer clinica. Os marcadores biológicos permitem a classificação em três níveis: pacientes completamente limpos, de pouco risco e de alto risco. Essa técnica é bem promissora, pois os tratamentos atuais apenas retardam a progressão da doença e se fosse possível detecta-la antes dos primeiros sintomas a evolução poderia ser evitada.
Thomas Kodadek do Instituto de Pesquisa Scripps, dos Estados Unidos desenvolveu seu estudo por meio dos anticorpos que o organismo produz. A hipótese dele é que os anticorpos do Alzheimer seriam biomoléculas naturais, mas que teriam a forma modificada. Para a experiência eles sintetizaram várias peptóides (moléculas artificiais que se parecem com os peptídeos) e a usaram como molécula atrativa para os anticorpos. Eles identificaram 3 anticorpos específicos do Alzheimer, quando feito em comparação com pessoas sãs e com pessoas com Parkinson.
A doença de Alzheimer é ainda um mistério para a ciência. Mesmo sabendo vários tipos de diagnósticos nunca se pode afirma com toda a certeza que a pessoa possui a doença, excetuando na necropsia e biópsia. Como no caso do exame de sangue, sabe-se que os anticorpos e microRNAs estão ligados ao Alzheimer, mas não sabem como ou se ele é o causador ou se é a causa, por isso é tão difícil afirmar que o exame de sangue é 100% efetivo. Entretanto eles preveem que em algumas décadas já será possível essa identificação.

Tammy Moroguma.

Referências bibliográficas:
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2013/07/130729_alzheimer_exame_sangue_fn.shtml
http://www.einstein.br/einstein-saude/tecnologia-e-inovacao/Paginas/exame-de-sangue-podera-detectar-alzheimer.aspx
http://saude.terra.com.br/pesquisadores-britanicos-desenvolvem-teste-que-detecta-alzheimer,4b3707f71255d310VgnCLD2000000dc6eb0aRCRD.html

http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,EMI200787-17770,00-EXAME+DE+SANGUE+FACILITA+DIAGNOSTICO+PRECOCE+DE+ALZHEIMER.html

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